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Asma: como atuar na assistência integral

Asma: como atuar na assistência integral

A asma atinge mais de 20 milhões de brasileiros – de crianças a idosos. Antes da pandemia, era o 3º ou 4º maior motivo de hospitalização pelo Sistema Único de Saúde, a depender da faixa etária.

Agora, com a Covid-19, os asmáticos têm ainda mais razões para se preocupar. Principalmente, se  estiverem entre os 3 a 10% que sofrem com a forma mais grave da asma.

A seguir, mostramos a importância da equipe multiprofissional de Saúde na assistência integral ao paciente asmático.  Para conversar sobre o tema, convidamos também a professora de Fisioterapia da Sanar Saúde, Luciane Marieta.

Confira!

A asma e a atenção multidisciplinar 

Sobre a atuação da equipe multiprofissional de saúde no enfrentamento à asma, Luciane diz: “precisamos entender sobre a fisiopatologia e identificar os sinais e sintomas sugestivos da asma. Cursos de atualização e leitura sobre a GINA ( Global Initiative for Asthma) é sempre uma boa forma de aprimorar o manejo sobre a doença”.

Ela destaca que  o indivíduo que faz acompanhamento constante com a equipe multidisciplinar tem maiores chances de viver sem crises ou com maior espaçamento entre elas.

Outros pontos que  merecem atenção:

  • o  paciente asmático precisa de vigilância, mesmo quando adulto.
  • a atividade física é de suma importância no condicionamento cardiovascular e na qualidade de vida do paciente Ela precisa ser feita conforme orientação da equipe multiprofissional e após realização de exames específicos.
  • Até mesmo as gripes comuns podem ser preocupantes em indivíduos asmáticos e dificultar a capacidade respiratória.
  • A falta de informação e a demora no encaminhamento  para um especialista comprometem a qualidade de vida de quem sofre com a asma.
  • O paciente asmático deve tomar a vacina contra o Covid- 19 e também contra o H1N1. Neste caso, deve ter um intervalo mínimo de 15 dias entre as vacinas. Para a Covid-19, a imunização só termina após a segunda dose.

Enfermeiros, fisioterapeutas, nutricionistas, psicólogos e farmacêuticos precisam estimular a vacinação e ter uma atenção especial ao paciente asmático.

Saber tudo sobre a farmacoterapia da asma é um bom caminho.

Asma tem cura?

É bom saber que a asma não tem cura. Mas, tem tratamento que melhora os sintomas e controla a doença. Ela varia muito entre um asmático e outro. Até numa mesma pessoa a asma é variável.

Sendo assim, o tratamento é individualizado. É fundamental o paciente ser acompanhado por um médico especializado e uma equipe multiprofissional.

Afinal, trata-se de uma doença que dura a vida toda e pode demandar atenção especial em diferentes fases da vida.

Com o pós-Covid, por exemplo, asmáticos que atravessam a doença precisam de um olhar integral. Muitos fisioterapeutas, por exemplo, estão se especializando em  fisioterapia respiratória e terapia intensiva.

Se esse é o seu caso, saiba mais sobre a fisioterapia na reabilitação respiratória e motora pós-Covid-19.

Tratamento para asma

Como a doença costuma mudar de paciente para paciente, o tratamento é preescrito de acordo com a gravidade da doença. São diferentes tipos de asma e, portanto, diferentes  tratamentos. As especifidades do asmático também são levadas em conta.

Segundo a Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia (SBPT), a  maior parte dos pacientes com asma é tratada com  dois tipos de conduta:

(1) medicação chamada controladora ou de manutenção que serve para prevenir o aparecimento dos sintomas e evitar as crises de asma e (2) medicação de alívio ou de resgate que serve para aliviar os sintomas quando houver piora da asma.

Para além do tratamento medicamentoso, é fundamental o paciente ser assitindo de forma interdisciplinar. Além da contribuição de áreas como Fisioterapia, Famárcia e Enfermagem, outro campo que tem muito a ajudar é o da Nutrição.

Um alimentação adequada que ajude no controle da asma e na manunteção da saúde cardíaca do paciente é importante. Um acompanhamento psicológico também pode apoiar no controle à ansiedade, por exemplo.

Imunobiológicos disponibilizados gratuitamente no Brasil

Uma boa notícia para quem sofre de asma: A Agência Nacional de Saúde Suplementar atualizou o rol de medicamentos disponibilizados pelos planos de saúde.

Desde 1º de abril de 2021, os tratamentos imunobiológicos para asma grave passaram a ter cobertura obrigatória dos planos de saúde do Brasil.

Em seu site, a Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia diz que recebeu essa notícia com grande satisfação “uma vez que a incorporação desses imunobiológicos (benralizumabe, mepolizumabe e omalizumabe) irá oferecer outras possibilidades de tratamento direcionadas para os pacientes com asma grave, na saúde suplementar.”

Asma grave: comorbidade Covid-19

As pneumopatias crônicas graves estão na lista de comorbidades que têm prioridade para a vacinação contra a Covid-19. A informação está no  Plano Nacional de Vacinação da Covid-19.

Nesse grupo estão as pessoas que sofrem com a asma grave. Ou seja, fazem uso recorrente de corticoides sistêmicos e têm histórico de internação com crise asmática.

Entre as pneumopatias crônicas graves também estão: doença pulmonar obstrutiva crônica, fibrose cística, fibroses pulmonares, pneumoconioses e  displasia broncopulmonar.

Quem sofre com alguma dessas complicações já pode se vacinar com as duas doses. Só assim a imunização funciona.

A  professora de Fisioterapia da Sanar, Luciane Marieta, reforça:“ indivíduos que não possuem a asma controlada, ou seja, apresentam crises frequentes,  estão inseridos no grupo prioritário e precisam se vacinar para evitar a forma grave da doença, já que o sistema imunológico deles está em desvantagem biológica.”

Ela lembra, ainda, que complicações pulmonares previamente existentes deixam as pessoas  com maiores chances de complicações.

Asma e o que você precisa saber 

A asma é uma doença das vias aéreas ou brônquios causada por inflamação das vias aéreas. Ela é uma enfermidade respiratória, inflamatória e de origem alérgica.

Entre os sintomas estão: chio ou chiado no peito, falta de ar ou dificuldade para respirar, sensação de aperto no peito ou peito pesado e tosse.

Gatilhos da asma 

São muitos os fatores que pioram sintomas e também a inflamação dos brônquios. Entre eles estão:

  • Ácaros
  • Fungos
  • Pólens
  • Animais de estimação
  • Fezes de Barata
  • Infecções Virais
  • Fumaça de Cigarro
  • Poluição Ambiental
  • Exposição ao ar frio

Deu para ver que os gatilhos são bem presentes no nosso cotidiano. Seja como for, a asma, pricipalmente, em sua versão grave, merece muita atenção.

A assistência integral ao asmático faz enorme diferença na qualidade de vida do paciente!

Se ficou interessado em se aprofundar mais sobre o tema e já cogita fazer algum curso, é bom saber quando é o melhor momento de fazer uma pós-graduação ou especialização.

Lembre-se também de se manter informado com o que é  notícia em saúde multiprofissional!

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