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Tratamento de DTM: protocolos farmacológicos | Colunista

Tratamento de DTM: protocolos farmacológicos | Colunista

O QUE É DTM? 

Disfunção temporomandibular (DTM) consiste no acometimento de estruturas relacionadas do sistema estomatognático, como as articulações temporomandibulares (ATM) e os músculos da mastigação.

Essas estruturas são capazes de se adaptar, alterando equilíbrio e estabilidade, diante de anormalidades funcionais que podem gerar o comprometimento funcional, excesso de carga ou alterações nos estímulos, que geram um desequilíbrio em todo sistema estomatognático. 

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A DTM tem etiologia multifatorial, incluindo 3 tipos e fatores: 

Desencadeantes

  • Traumatismos locais
  • Maloclusões

Predisponentes

  • Hábitos parafuncionais 
  • Distúrbios do sono
  • Alterações emocionais
  • Idade
  • Ambiente
  • Condições socioeconômicas

Perpetuantes

  • Predisposições familiares advindas de herança genética

Sinais e Sintomas OBJETIVOS: 

  • Ruídos condilares
  • Pontos de gatilho musculares
  • Comprometimento da dimensão vertical de oclusão
  • Ausência e migrações de dentes
  • Alterações na oclusão
  • Limitação e os desvios na abertura bucal
  • Movimentos mandibulares descoordenados
  • Luxação e subluxação mandibular

Sintomas subjetivos (de difícil diagnóstico)

  • Perda de audição
  • Alterações de equilíbrio postural
  • Náuseas
  • Dor: dor localizada ou difusa, cefaleias, dor com características fibromiálgicas e dor neuropática. 
  • Perda de audição
  • Alterações de equilíbrio postural
  • Náuseas
  • Dor: dor localizada ou difusa, cefaleias, dor com características fibromiálgicas e dor neuropática. 

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PROTOCOLOS FARMACOLÓGICOS 

Espasmo muscular agudo e Dor miofascial

Espasmo agudo consiste na contratura muscular, súbita e involuntária, onde o músculo é encurtado e a dor aguda se manifesta quando ele é estendido.

➪ Pode ser feito um bloqueio anestésico de diagnóstico no músculo com espasmo que irá aliviar a dor aguda e permitir o estiramento. 

A dor miofascial inicia-se na região do músculo “ponto-gatilho miofascial”, que são locais sensíveis à palpação e que podem estar localizadas em diferentes partes do músculo, como o ventre muscular, união miotendinosa e inserção. Esses pontos gatilhos irão produzir dor local ou referida, se for espontânea é considerado ponto ativo ou se for somente após a palpação é ponto latente, que também pode produzir fadiga e limitação do movimento.

Tratamento

➪ Pode ser feito um bloqueio anestésico de diagnóstico que é capaz de eliminar completamente a dor se for realizado exatamente no ponto gatilho, pela infiltração de 1 mL de uma solução de lidocaína 2% (sem vasoconstritor) no músculo envolvido ou no ponto gatilho. 

➪ Controle da dor residual com dipirona sódica 500mg ou 1g de 4 em 4 horas de forma complementar ou tizanidina 2-4mg de 8 em 8 horas de 2-3 dias. A tizanidina é um agonista alfa-2 adrenérgico que inibe a liberação de noradrenalina com boa atividade analgésica e de relaxamento muscular (usada para tratamento da enxaqueca). 

Miosite e outros distúrbios inflamatórios

A miosite está associada a complexos auto imunes, onde o músculo envolvido fica sensível a qualquer demanda funcional e apresenta-se irritável à injeção de anestésico.

Os distúrbios inflamatórios da ATM são condições capsulares e sinoviais, com o sintoma mais evidente a dor articular (artralgia). 

➪ Normalmente respondem bem às terapias locais com eliminação da causa, aplicação de calor úmido, movimentos suaves e repouso, sem a necessidade de analgésicos ou anti-inflamatórios.

A sinovite ocorre em pacientes com artrite reumatoide e, secundariamente, pela extensão de outra artropatia da ATM. 

➪ Medidas fisioterápicas, dieta líquida e uso de anti-inflamatórios.

Tratamento

O líquido sinovial de ATM com disfunção apresenta mediadores pró-inflamatórios (prostaglandina E2 e o leucotrieno B4). Assim, a estratégia terapêutica baseia-se no uso de corticosteróide. 

➪ Preparação injetável via intramuscular de corticosteróide de ação prolongada, que irá propiciar um efeito anti-inflamatório em 7 dias e modular a resposta imune. Aplicar 1 ampola (1 mL) de Diprospan® (solução injetável com associação de 5 mg de dipropionato de betametasona e 2 mg de fosfato dissódico de betametasona). 

➪ Administração via oral de anti-inflamatório não esteroidal seletivo para a COX-2 (Nimesulida 100 mg de 12 em 12 horas, por 3-5 dias),  para atenuar o componente neurogênico dos distúrbios inflamatórios da ATM. 

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Dor facial crônica

➪ Recomendado o uso dos antidepressivos tricíclicos, principalmente a amitriptilina, no tratamento da dor facial crônica associada às DTM. 

As DTMs apresentam dificuldade no diagnóstico e na terapêutica, mas tanto o tratamento clínico, como o medicamentoso, são de competência do cirurgião dentista, em conjunto com outros profissionais como fisioterapeutas e psicólogos. 

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REFERÊNCIAS 

DE ANDRADE, Eduardo Dias. Terapêutica medicamentosa em odontologia. Artes Médicas Editora, 2014.

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