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Cuidados Paliativos: Residência, áreas de atuação, remuneração e mais!

Cuidados Paliativos: Residência, áreas de atuação, remuneração e mais!

Receber o diagnóstico de uma doença é algo que mexe com o paciente, mas também com seus familiares. Diante de uma situação como essa, uma equipe multidisciplinar costuma estar a postos para dar suporte social e psicológico: são os Cuidados Paliativos.

A Organização Mundial da Saúde (OMS) fala em alívio da dor física, mas também o sofrimento psicossocial e emocional. Essa assistência está associada ao diagnóstico de uma doença que ameace a vida do indivíduo. O trabalho é desenvolvido concomitante ao tratamento da enfermidade.

Por exemplo, se o paciente é diagnosticado com câncer, ele então será acompanhado por um oncologista e por uma equipe de paliativistas. O foco dessa assistência é o conforto do paciente: amenizar a dor, diminuir o mal-estar, proporcionar a melhor experiência possível dentro daquele contexto tão desafiador.

As famílias também são cuidadas por essa equipe multidisciplinar, composta por profissionais da Enfermagem, Fisioterapia, Fonoaudiologia, Nutrição, Odontologia, Psicologia, Serviço Social e Terapia Ocupacional.

Os cursos de Residência Multiprofissional em Cuidados Paliativos costumam ter programas próprios, de Cuidados Paliativos, mas também costumam ser vinculados ao programa de Residência Multiprofissional em Saúde do Idoso.

Navegue pelo índice abaixo para saber mais detalhes sobre a Residência em Cuidados Paliativos.

1. Breve histórico sobre Cuidados Paliativos no Brasil;
2. Como funciona a Residência em Cuidados Paliativos;
3. Processo seletivo da Residência;
4. Onde fazer Residência em Cuidados Paliativos;
5. O que é esperado do especialista em Cuidados Paliativos?;
6. Como se preparar para a Residência em Cuidados Paliativos.


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1. Breve histórico sobre Cuidados Paliativos no Brasil

As propostas de direcionar o olhar para as demandas sociais e psicológicas do indivíduo diagnosticado com alguma doença grave são encontradas no Brasil desde pelo menos os anos 1970.

Eram iniciativas isoladas, que só foram formalizadas em cursos e atendimentos nos anos 1990, por pioneirismo do professor Marco Túlio de Assis Figueiredo na Escola Paulista de Medicina. Destaque para o pioneirismo também do Instituto Nacional do Câncer (Inca), do Ministério da Saúde, que em 1998 inaugurou o hospital Unidade IV, exclusivo para os Cuidados Paliativos.

Essa inauguração sucedeu a fundação da Associação Brasileira de Cuidados Paliativos, pela psicóloga Ana Geórgia de Melo, em 1997. Quase dez anos depois, em 2005, a criação da Academia Nacional de Cuidados Paliativos potencializou o setor no Brasil.

Houve regularização profissional do paliativista, foram estabelecidos critérios de qualidade para os serviços de Cuidados Paliativos; foram realizadas definições precisas do que é e o que não é Cuidados Paliativos; foi expandida a discussão para os ministérios da Saúde e da Educação, além do Conselho Federal de Medicina e Associação Médica Brasileira. Em 2009, o Conselho Federal de Medicina incluiu os Cuidados Paliativos como princípio fundamental em seu novo Código de Ética Médica.

Apesar de sua importância, os Cuidados Paliativos ainda não são realidade para a maioria dos pacientes brasileiros, seja por falta de conhecimento dos profissionais de saúde, por má-formação nas instituições de ensino ou por falta de políticas públicas que os estruturem.

A atualização mais recente sobre o assunto foi uma resolução do Ministério da Saúde, de 2018, que estabeleceu as diretrizes para os cuidados paliativos no âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS).

Com isso, os cuidados paliativos passam a fazer parte dos cuidados continuados integrados oferecidos em todos os pontos da Rede de Atenção à Saúde: atenção básica, atenção domiciliar, atenção ambulatorial, urgência e emergência e atenção hospitalar.

2. Como funciona a Residência em Cuidados Paliativos

A formação da Residência em Cuidados Paliativos trabalha, entre outros aspectos, a sensibilidade dos profissionais de saúde para as demandas dos pacientes e de seus familiares. São dois anos de programa, com carga horária de 5.760 horas divididas entre prática em serviço (80% do total) e aulas teórico-práticas (20%).

Essa característica de prática em serviço exige do profissional dedicação exclusiva. A rotina do residente inclui 60 horas de trabalho por semana no cenário de prática, como unidades de saúde da própria instituição de ensino ou da rede pública de saúde. Para isso, o residente recebe bolsa-auxílio mensal no valor de R$ 3.330,43.

O programa de Residência em Cuidados Paliativos aceita profissionais das áreas de Enfermagem, Fisioterapia, Fonoaudiologia, Nutrição, Odontologia, Psicologia, Serviço Social e Terapia Ocupacional.

3. Processo seletivo da Residência

As vagas para Residência em Cuidados Paliativos são abertas anualmente. Cada instituição é responsável pela elaboração e divulgação dos seus processos seletivos, que podem sofrer variações de acordo com o estabelecido em cada edital.

Mas, de modo geral, o processo de seleção costuma ser composto por pelo menos uma das etapas a seguir:

Prova objetiva

A prova objetiva está presente na grande maioria dos editais de Residência em Atenção Cardiovascular.

Costuma ser a primeira etapa do processo seletivo e possui caráter eliminatório e classificatório. Ou seja, se fizer pontuação menor àquela indicada no edital, o candidato é eliminado; e a pontuação feita na prova indicará a posição diante dos demais candidatos.

Essa prova é composta de questões objetivas relacionadas a conhecimentos gerais sobre o programa de residência e conhecimentos específicos à área de atuação.

Prova dissertativa

A prova dissertativa costuma se apresentar como a segunda etapa do processo seletivo para entrar em um programa de Residência em Atenção Cardiovascular.

Na maioria das vezes, tem caráter classificatório e apresenta uma situação problema ou um estudo de caso vinculado à área profissional do candidato.

Prova de títulos

A prova ou avaliação de títulos também está muito presente nos processos.

Geralmente, é a última etapa das seleções de novos residentes. Neste momento sãoa valiados histórico acadêmico, atividades extracurriculares, realização de pesquisas, publicações de artigos, entre outros itens que também costumam ser descritos no edital.

Cada atividade realizada corresponde à uma pontuação específica e a soma dos pontos de seu currículo será considerada na classificação final do processo seletivo.

Entrevista

A entrevista também é uma etapa possível no processo seletivo. Geralmente, ela ocorre no mesmo dia que a prova de títulos.

Nesse momento, o responsável pelo programa de residência da instituição fará perguntas gerais sobre comportamento, histórico profissional e vida do candidato, assim como testará questões mais específicas, diretamente relacionadas à área de atuação, como em uma prova oral.

Todas essas etapas e suas formas de avaliação e aplicação podem variar de acordo com cada instituição de ensino. Por isso, um dos primeiros passos da preparação para a Residência em Atenção Cardiovascular é estudar profundamente o edital da instituição em que pretende se inscrever e entender bem quais são as etapas e as competências cobradas.

O cronograma completo do processo, incluindo data das provas, do resultado final e do início do Programa (geralmente é início de Março), são divulgados no edital de abertura da Residência. No mesmo documento há informações sobre taxa de inscrição, quadro detalhado das vagas ofertadas, conteúdos cobrados nas avaliações, dentre outros.

4. Onde fazer Residência em Cuidados Paliativos

A área de Cuidados Paliativos ainda não é popularizada, então, a oferta dessa especialidade é restrita. Mas é importante saber quais instituições oferecem esse programa de residência para se organizar desde já. Confira:

5. O que é esperado do especialista em Cuidados Paliativos?

Os Cuidados Paliativos tratam de acolhimento e assistência a dores que surgem a partir do diagnóstico de uma doença grave.

Diante disso, é exigido do profissional de saúde que o cuidado humanizado se alie aos conhecimentos técnicos aprendidos ao longo de sua formação. O desafio pode ser maior, por ter como ponto de partida a preocupação genuína com o outro.

No geral, é esperado que o profissional de saúde:

  • Seja sensível às demandas e à importância da formação na área de Cuidados Paliativos;
  • Reconheça a importância da prática interdisciplinar no cuidado com o outro;
  • Tenha olhar integrativo e capacidade de acolhimento do paciente e de seus familiares;
  • Promova alívio da dor e de outros sintomas físicos, mas também atue no alívio do sofrimento psicossocial, espiritual e existencial;
  • Acolha familiares e cuidadores nas práticas de assistência e no auxílio à gestão da dor do paciente e do luto.

6. Como se preparar para a Residência em Cuidados Paliativos

O primeiro passo para a preparação é ter certeza de que área você quer seguir. Para isso, pesquise bem suas possibilidades e encontre o caminho que mais se encaixa com o seu perfil e com suas necessidades.

Leia conteúdos sobre, converse com colegas da área e pense bem em como e onde você se vê trabalhando nos próximos anos. Temos algumas matérias que podem te ajudar nessa escolha:

Depois que você tiver certeza do caminho que quer seguir, é preciso estudar bastante sobre a instituição e o programa de residência em que você irá se inscrever e elaborar um planejamento bem consistente de estudos.

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Em seguida, você precisará escolher um material completo, assertivo e bem direcionado para seu objetivo!

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