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Utilização da toxina botulínica tipo A, para o tratamento da disfunção temporomandibular | Colunista

Utilização da toxina botulínica tipo A, para o tratamento da disfunção temporomandibular | Colunista

Introdução

A desordem temporomandibular (DTM), definida como um conjunto de distúrbios que envolvem a articulação temporomandibular, os músculos mastigatórios, e estruturas associadas. A DTM está relacionada com alterações funcionais do sistema estomatognático. Possui um diagnóstico difícil, já que existem manifestações patológicas com sintomas semelhantes, por isso é importante a solicitação de exames complementares.

Mas para ficar mais fácil de classificar existem 3 tipos principais de DTM; A muscular, que ocorre quando a musculatura do sistema mastigatório sofre um excesso de tensão; A articular, que pode se dar tanto por uma sobrecarga da articulação, traumas na articulação ou até doenças degenerativas; E a mista que irá envolver tanto a parte muscular quanto a parte da articulação. No caso a toxina botulínica irá tratar a DTM de origem muscular, já que a mesma irá causar uma parestesia no local proporcionando alívio ao paciente.

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Objetivo

Proporcionar por meio de uma revisão de literatura, melhor conhecimento da utilização da toxina botulínica (botox) no tratamento da disfunção temporomandibular (DTM). Metodologia A presente pesquisa classificada como revisão bibliográfica descritiva, por meio de literatura de artigos, foram consultados em língua portuguesa pelo SCIELO e sistema Lilacs, entre os períodos de 2014 a 2020.

Resultados

A Toxina Botulínica-A tem apresentado resultados eficientes e confiáveis, além de ser uma alternativa pouco invasiva para tratamento de DTM de origem muscular. Essa substância visa à inibição da liberação do neurotransmissor acetilcolina na junção neuro-neuromuscular, gerando alívio e conforto ao paciente, por tornar os músculos não funcionais. A inibição do neurotransmissor acetilcolina, impede a ação de neuropeptídeos: glutamato, CGRP e substância P. A inibição desses neuropeptídeos está relacionada com o efeito analgésico da toxina botulínica, logo esta ação reduz a dor dos pacientes com disfunção temporomandibular.

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As indicados para a aplicação são principalmente os músculos masseteres e os temporais, podendo ser aplicado também nos músculos pterigóideos, lateral e medial, digástrico e platisma. Os locais de escolha são os que apresentam maior volume e sensibilidade à palpação (pontos-gatilho) ou maior atividade eletromiográfica em repouso.

Conclusão

Os tratamentos minimamente invasivos são uma tendência na odontologia moderna, pois oferece recuperação rápida, sútil e resultados satisfatórios. Embora alcance bons resultados, este não pode ser o único tratamento, já que a DTM é uma doença multifatorial. Assim o botox irá agir como um agente auxiliador.

Matérias rleacionadas:

Referências

MARCIANO, A., et al. TOXINA BOTULÍNICA E SUA APLICAÇÃO NA ODONTOLOGIA. Revista de Iniciação Científica da Universidade Vale do Rio Verde, Três Corações, v. 4, n. 1, p. 65-75, 2014.

BICALHO, M.B.; DELGADO, F. P.; BORINI, C. B. Toxina botulínica no tratamento da disfunção temporomandibular. Políticas e Saúde Coletiva, Belo Horizonte, v. 1. nº 2, p.155- 158, setembro 2015.

FASSINA, M. T., et al. Toxina botulínica tipo A nas DTM musculares: há eficácia?.Odonto 2016, v.24, p. 1-13, 2016

PETROLLI, G. O. P., et al.Tratamento de disfunções temporomandibulares com toxina botulínica tipo A. RFO UPF, Passo Fundo, v. 23, n. 2, p. 236-241, 2018.

REIS LIMA, L. S., et al. TOXINA BOTULÍNICA EM ODONTOLOGIA: UMA REVISÃO DE LITERATURA. Rev.Bras. Odontol. v.1, n.1, 2020.

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