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O papel do farmacêutico nos cuidados paliativos

Infelizmente, falar sobre cuidados e tratamentos paliativos, dentro ou fora de um ambiente hospitalar, ainda é considerado um tabu no Brasil. Nesse texto, vamos destrinchar o papel do farmacêutico nessa situação.

O termo ainda assusta muitos pacientes e familiares que acreditam que esse tipo de tratamento significa a própria sentença de morte ou é sinônimo de desistência.

Felizmente, o acesso à informação, e o avanço de tecnologias relativas a esse recurso terapêutico, tem desmistificado o preconceito que gira em torno desse tema.

Na oncologia, esse tipo de abordagem se faz necessária quando não há mais tratamento curativo, ou em fases finais da doença, e foca na qualidade de vida do paciente e não em sua duração.

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Os cuidados paliativos

O objetivo é garantir bem-estar, conforto e dignidade ao enfermo e também aos seus familiares, com abordagens de aspectos físicos, psicológicos, sociais e espirituais.

Para prosseguir em um tratamento paliativo é necessário o auxílio de uma equipe de saúde multiprofissional, entre eles o farmacêutico.

O profissional da farmácia é um importante integrante do grupo e tem como uma das principais funções, analisar as possibilidades medicamentosas para as necessidades do paciente, e repassar as informações corretas e seguras sobre o uso e armazenamento correto dos medicamentos.

Além disso, é papel do farmacêutico informar sobre as disponibilidades dos medicamentos à equipe multiprofissional.

Para essa atuação, é importante que o profissional seja certificado em cursos de pós-graduação em farmácia oncológica ou em farmácia hospitalar.

Atuação do Farmacêutico

O farmacêutico é uma peça chave dentro da atividade de cuidados paliativos.

Faz parte de sua função, auxiliar o tratamento dos sintomas de uma forma que garanta o conforto e qualidade de vida do doente, certificando o uso racional dos diversos medicamentos.

A intenção é que o paciente seja tratado com o menor número de medicamentos possíveis, evitando associações que podem gerar reações e efeitos adversos, ou interações medicamentosas que comprometam o tratamento.

Ao mesmo tempo que evita uma possível polifarmácia, é importante que o profissional de farmácia combata os vários sintomas da doença, a fim de conseguir o bem-estar da pessoa em tratamento.

A dor, por exemplo, é um sintoma frequente em pacientes com doenças de origem oncológica e é uma manifestação que deve ser combatida em uma ambiente de tratamento paliativo.

Porém, muitos pacientes, e pessoas próximas a eles, têm receios quanto ao uso de medicamentos, principalmente opióides, no combate à dor.

E aqui entra novamente o papel do farmacêutico: além de orientar a equipe multidisciplinar sobre a relação medicamentosa desses remédios, ele vai acompanhar, informar e desmistificar possíveis dúvidas na utilização dos medicamentos. 

Em uma forma mais ampla, faz parte do trabalho do farmacêutico dentro dos cuidados paliativos, avaliar a prescrição dos medicamentos e a sua adequação ao protocolo de tratamento.

Assim como orientar o paciente sobre asdoses, horários, modo de administração e armazenamento, além de instituir sobre possíveis efeitos colaterais e reações.

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Atenção farmacêutica humanizada nos cuidados paliativos

A atenção farmacêutica humanizada é um ponto central que deve ser seguido pelo profissional que faz parte da equipe responsável pelo cuidado paliativo.

Há pouco tempo, as funções de um farmacêutico, mesmo o hospitalar e o oncológico, se baseavam na manipulação e logística dos medicamentos, com um contato mínimo com o paciente.

Com a modernização de todo o processo relacionado aos recursos terapêuticos e também às equipes multidisciplinares, as atribuições do farmacêutico dentro de unidades de saúde e suas responsabilidades dentro dos próprios tratamentos se transformaram.

Hoje, ele tem a possibilidade de atuar junto com o paciente, com a família, e criar uma relação próxima e humana, assim como os demais profissionais de saúde.

Quando se fala em cuidados paliativos, a humanização vai além de um método, e se torna a base de todo um tratamento.

Portanto, o farmacêutico deve estar preparado para fazer sua parte junto com os colegas e com o enfermo. 

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