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Planejamento integrado em odontologia: por onde devo começar? | Colunista

Planejamento integrado em odontologia: por onde devo começar? | Colunista

O planejamento é uma ferramenta muito importante para alcançar o sucesso de um tratamento odontológico. É preciso desenvolver a habilidade de organizar cada passo dentro da sua rotina clínica. Favorecendo assim, o maior aproveitamento do tempo, maior produtividade e por consequência a satisfação do paciente que vai impactar no seu retorno financeiro.

Na grande maioria dos casos não há dificuldade na elaboração de um plano de tratamento. Mas alguns pacientes apresentam a saúde bucal tão comprometida que vão exigir tempo e dedicação para delinear a execução de cada procedimento até o resultado final.

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Isso mesmo! Ao iniciar um tratamento é fundamental que se tenha em mente o fim de todo processo. Só assim você saberá se está no caminho correto quando os resultados do trabalho executado forem aparecendo. Mas então por onde devo começar? Sugiro que você comece pela primeira consulta. Parece óbvio? Sim! Mas na correria diária, pode não ser tão óbvio assim. E é nesta primeira etapa que você terá a chave para um bom planejamento.

Portanto faça uma primeira consulta bem feita! Dedique tempo a anamnese.  Além dos questionários médico e odontológico obrigatórios, questione o que seu paciente (ou seu responsável) sobre o que ele considera importante, quais seus medos, suas prioridades e como foram suas experiências anteriores com outros profissionais. Como ele chegou até você? Por que não fez o tratamento como dentista anterior? O que faltou para que ele fechasse o tratamento?

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Deixe seu paciente a vontade. Ele precisa falar para que você possa conhecê-lo. Para aqueles mais falantes, direcione a conversa de modo que as informações sejam proveitosas. Mas demonstre que opinião dele é importante e será considerada na execução do planejamento.

Faça um exame clínico minucioso, não apenas direcionado à queixa principal. E se for preciso, mostre ao seu paciente a situação atual da sua saúde bucal com um espelho, câmera ou outro recurso disponível. Ele precisa estar consciente da sua condição inicial para poder compreender todos os passos do tratamento.

Peça ainda os exames complementares que julgar necessário para completar o diagnóstico. Não deixe de explicar o porque da necessidade desses exames. Explique ainda o resultado de cada exame.

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E atenção! Os pacientes não são iguais. Muitos antes de sentar no seu consultório já pesquisaram no Google, Instagram e YouTube sobre o que viram na boca e esperam muito da sua consulta. Enquanto outros terão dificuldade de compreender explicações detalhadas, nada práticas e distantes do dia a dia.

Por isso, ao elaborar o planejamento você deve considerar a melhor evidência científica disponível, sua experiência e habilidades profissionais, as circunstâncias clínicas do paciente e seus valores e preferências.

Se for possível, apresente mais de uma alternativa de tratamento expondo os riscos e benefícios de cada opção. Assim, a palavra final será do paciente. Em casos de prognóstico duvidoso, a decisão pode ser compartilhada com o profissional. Mas em todas as situações é necessário fazer o registro por escrito e em linguagem adequada sobre todos os riscos e benefícios do tratamento. Essas informações podem ser resumidas num Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE).

Para os casos complexos, dedique tempo para estudar as melhores soluções e se for preciso, peça a ajuda de colegas. Seja sempre honesto e muito claro com o paciente para criar uma relação de confiança. Se também for possível, dê uma previsão do número de consultas necessária até o fim do tratamento para que o paciente possa se organizar. Isso pode evitar faltas e abandonos de tratamento.

Caso o contato inicial seja para uma consulta de urgência direcione seu atendimento para a queixa. Resolva os traumatismos, dor e queixas estéticas primeiro e em outro momento dedique-se a uma consulta inicial de diagnóstico e planejamento. Leve em consideração o nível de complexidade dos procedimentos e a hierarquia das necessidades.

Inicie sempre o tratamento pela periodontia. Ensine seu paciente a escovar os dentes e usar fio dental. Indique técnicas, produtos, desfaça mitos e demonstre como deve ser executado o passo a passo. Nem todo mundo sabe escovar os dentes corretamente. E a boa higiene é o fator principal de sucesso e manutenção de qualquer tratamento. Para todos os pacientes isso é fundamental.

Dê sequência com as cirurgias e tratamentos endodônticos. Se necessário depois parta para a Dentística, Ortodontia e finalize com a reabilitação protética. Caso alguma etapa do tratamento não seja realizada por você, o paciente também deve estar ciente e concordar. Custos adicionais e possíveis tratamentos futuros também devem ser informados para não gerar desconfiança ou a sensação de desorganização.

E se for preciso, durante a execução do tratamento, considere a mudança no planejamento. Diante de imprevistos não calculados ou até mesmo de respostas ruins do organismo ao tratamento, mudanças podem ser necessárias para trazer mais benefícios ao paciente. Assim, um paciente satisfeito se torna um cliente fiel e que indica seu trabalho para sua rede de contatos.

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